22 de ago. de 2014

Resumido em um texto

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Te amar foi muito bom, quer dizer, é muito bom, mas eu não estou mais me permitindo de conjugar este verbo no presente. Eu sei que é impossível ser só sua amiga depois de todos aquelas convulsões de sentimentos, mas eu vou tentar, querendo como não, você se tornou parte de mim e te afastar seria como se estivesse me suicidando bem devagarinho. Acredite, eu não quis isto mais que qualquer outra pessoa, não que não quis te amar, pois isso sem dúvida alguma quero e sempre irei querer, estou falando de termos chegado a este ponto, onde eu não confio em você, mas eu quero ficar com você, onde eu ache que você me faz bem enquanto o vazio do seu amor não correspondido me coroe por dentro.
Seu amor me fez tão bem, mas tão bem, revelou uma parte de mim que eu não conhecia, me trouxe alegria, me trouxe vida no entanto também me trouxe tristeza, agonia e falta de sossego. Para cada bem que me trazia, carregava com ele três maldades, para cada sorriso, três noites de choro, para cada promessa, três quebradas, para cada beijo, três outros eram dados nas outras, para cada carinho, três maus-tratos, para cada verdade, três mentiras. Me fez sofrer mais do que me fez feliz, mas valeu a pena!
E agora acabou  – espero eu – porque a pesar de ter valido a pena, um sofrimento não pode nem deve ser carregado por toda a vida, nem que seja por amor.
Daqui a alguns meses, anos talvez você ira me procurar e ira me dizer que eu nunca perguntei ou pedi nada para você e eu irei dizer que sim, eu não pedi, porque você não deixou eu pedir. Não irei dizer mais nada, e você saberá o porque, eu saberei o porque, mas nenhum de nós ira dize-lo.
Você escolheu ela, não foi preciso você me dizer para que eu soubesse tal coisa, você poderia ate me querer mas não queria deixar seu porto seguro por mim, aquela que você acha que poderia ser imprevisível tipo uma tempestade. Me lembrou de especificamente duas vezes em que escolheu ela ao invés de mim, na primeira você disse “deixar uma coisa que você tem a muito tempo por uma coisa que não se sabe se vale a pena, não da”, nesse caso a coisa que não vale a pena sou eu, só para lembrar. E da segunda que foi a mais dolorosa “eu tenho medo” “estamos sempre a discutir, deixo ela e depois?”. Wuau, lembro desse último dia como se tivesse sido a duas horas atrás, você pode ter achado que aquelas foram as palavras mais leves que você poderia ter me dito ao me rejeitar ou descartar, melhor dizendo, mas não foram, alias, elas foram as piores possíveis, preferia um milhão de vezes que me tivesse dito “foi bom enquanto durou, mas eu não vou deixar a minha namorada por você” mas não você usou de novo aquelas palavras que dão uma esperança na gente, aquelas palavras que te arrasam mas que também te levantam, aquelas palavras que eu daria tudo para não ter ouvido.
Apaguei tudo, fotos, conversas, número de telefone, redes sociais, tudo, tudo, mas também não apaguei nada, minha memória está completamente cheia, não consigo me livrar de nenhuma dessas experiências aterradoras, não consigo seguir em frente tenho você colado em mim tipo uma tatuagem, tento remove-la mas mesmo assim ela deixa cicatrizes.
O dia das flores foi o que me fez querer parar, devem estar a perguntar-se qual dia das flores, só digo que ele sabe. Eu disse-te que as coisas seriam diferentes, mas estou aqui agora a prometer, eu não vou mais fazer aquele sorriso bobo para você, não vou ser sua segunda opção, não vou suportar as humilhações, não vou mais depender de você, não vou mais ser a parva da história, eu prometo que as coisas irão ser diferentes, prometo que eu parei, eu prometo que se eu sentir que isso tudo está a voltar eu vou fugir pro lugar mais distante de toda a face da terra e vou me manter lá, bem mas bem longe.


Sim queridos, estou de volta!
Beijos da Jô

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